Conforme determinação do presidente da Assembleia Legislativa de Roraima, Soldado Sampaio (PCdoB), nesta quinta-feira (2), a Corregedoria-Geral, Comissão de Ética e a Ouvidoria-Geral da Casa, terá que apurar a partir de agora, as denúncias de suposta “rachadinhas” entre os parlamentares, apresentadas nas últimas sessões pelo deputado Jalser Renier (SD).
“Para que possamos abrir procedimento interno e dar conhecimento a todas as autoridades necessárias”, disse o parlamentar. Sampaio sugeriu ainda que Jalser Renier procure a Ouvidoria da Assembleia Legislativa para registrar as denúncias às quais ele tem se referido nos últimos dias. “Não vamos deixar de apurar e acredito que essa é a vontade da maioria dos deputados presentes”, disse.
Ainda de acordo com Sampaio, a Assembleia Legislativa de Roraima disponibiliza duas ferramentas para fiscalizar o trabalho do Legislativo. O primeiro é a Corregedoria-Geral, coordenada pelo deputado Nilton Sindpol (Patri), que funciona nas dependências do Poder Legislativo e tem como meta fiscalizar a atuação dos parlamentares conforme o Código de Ética.
Outro canal é a Ouvidoria-Geral, sob a responsabilidade da deputada Betânia Almeida (PV), que funciona na avenida Santos Dumont, nº 1470, das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira, onde é possível registrar denúncias, elogios, críticas e reclamações, o que também pode ser feito pelo ZapOuvi (95) 98120-0800 ou pelo e-mail [email protected].
DENÚNCIAS – O deputado Jalser Renier (Solidariedade) lançou na manhã desta quarta-feira, 1º, na tribuna da ALE-RR a Campanha “O Dinheiro é Seu”.
De acordo com o parlamentar, a intenção é apurar denúncias de que servidores da Casa estariam sendo obrigados a dividir o salário com parlamentares e chefes de gabinetes, prática ilegal conhecida como “rachadinha”.
Em Roraima, no ano de 2003, o crime levou a prisão vários políticos, entre eles, o próprio deputado Jalser Renier, autor da campanha. O caso ficou conhecido como escândalo dos gafanhotos.
Durante o pronunciamento o parlamentar apresentou o número de telefone (95) 99148-7354, que será usado como canal para que os servidores façam as denúncias.
“Temos uma equipe de advogados que vai na sua casa e vai colher o seu depoimento e vamos tomar as medidas para que todo dinheiro retirado de você seja ressarcido em suas contas. Faço questão de fazer isso de pronto”, disse Jalser Renier.